06 junho 2005

EUCALIPTO E FLORESTAS - CADEIA VIRTUOSA DE SUSTENTABILIDADE NA ÁREA DE MANANCIAL

Na região de Parelheiros e Marsilac existe, sem exploração racional, um patrimônio florestal exótico, ocupando cerca de 4% do território. Este patrimônio está congelado e improdutivo pela superposição de normas e confusão burocrática. Esta insegurança trava o desenvolvimento e a geração de trabalho e renda. Constatamos no cotidiano da administração de Parelheiros proprietários detidos no trabalho clandestino, com dificuldade para realizar sua produção sem uma solução clara da estrutura legal do Estado. Portanto o desafio imediato é clarificar as normas que ofereça segurança para o manejo florestal em Parelheiros e Marsilac, cadastrar as unidades produtivas, articular proprietários e membros da cadeia produtiva, estabelecer um programa de qualificação e aperfeiçoamento para o desenvolvimento em base a este patrimônio florestal local. A conseqüência imediata é gerar riqueza na região, emprego, consolidar o espaço evitando invasões, ou seja, preservar a área de mananciais com produção adequada.
O eucalipto tem vários subprodutos de acordo a variedade, produz óleo das folhas utilizado na indústria de perfumes, medicamento e alimentação com grande demanda internacional. A produção integrada, a reutilização das folhas produz vapor para caldeira, energia termoelétrica e adubo para a própria plantação. Além das folhas a madeira tem múltiplas utilidades tanto na indústria de móveis, construção e o carvão. O espaço ainda é utilizado para o pastoreio de animais como o gado e estimular outras produções consorciadas como mel e cogumelos.
Um planejamento racional de produção florestal na região de Parelheiros consolidará o território, preservando a vocação e destinação daquele espaço, mantendo a permeabilidade do solo, gerando riqueza para a região, trabalho e renda. Uns 60% da produção de óleo é exportada para União Européia, por ser região de mananciais, podemos obter selo de comércio justo. A produtividade e a geração de postos de trabalho pode variar de acordo a tecnologia, mas com 35 toneladas de folhas se produz meia tonelada de óleo a um preço médio de custo de R$ 10,00 e venda de R$ 16,00. A estrutura produtiva pode variar, destilarias pequenas de 60 quilos dia, grandes plantações ou consórcios de pequenos proprietários fornecedores de folhas de 10 a 20 ha.
Walter Tesch

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