12 dezembro 2005

Parelheiros ganha Centro de Cidadania para mulheres este mês


Parceria com a União Européia criará seis Centros de Atenção à Mulher em São Paulo. A primeira unidade, de Parelheiros, será inaugurada em 19 de dezembro.

A Secretaria de Participação e Parceria, por meio da Coordenadoria da Mulher, lança ainda este mês em Parelheiros, Zona Sul, o primeiro Centro Local de Cidadania das Mulheres como Defensores da Igualdade.
O programa é fruto de cooperação da União Européia - Programa URB-AL criado em 1995 com objetivo de integrar cidades latino-americanas e européias no estímulo à discussão, elaboração e aplicação de ''boas práticas'' de gestão pública, através de projetos sociais que possam ser implementados em diferentes regiões e cidades. São Paulo é a cidade coordenadora do projeto, tendo como sócios as cidades de Rosário na Argentina, Montevidéu no Uruguai, Vigo na Espanha e Região Toscana na Itália.
O projeto prevê ainda a inauguração de mais cinco centros para o início de 2006, são eles: Perus, Itaquera, Capela do Socorro, Campo Limpo e Santo Amaro, todos escolhidos com base em pesquisa realizada pela coordenadoria em parceria com a Fundação SEADE.
As unidades vão integrar diferentes políticas públicas municipais como saúde, educação, assistência social e habitação. Um dos objetivos é atuar em complementaridade com os serviços e equipamentos públicos já existentes, principalmente no enfrentamento à violência contra a mulher e o combate à desigualdade de gênero.

Indicadores Sociais

Os centros servirão para o desenvolvimento do exercício da cidadania, onde as mulheres encontrarão cursos de formação, atendimento, orientação, encaminhamentos e principalmente um espaço para debates e proposição de políticas públicas com respeito à abordagem de gênero.
A escolha das regiões foi determinada através de indicadores sociais e dados demográficos como índice de escolaridade, cor, violência, renda, trabalho, número de filhos por mulher, mulheres como chefe de família, equipamentos públicos existentes e movimentos organizados.
O projeto prevê que os centros se localizem onde as condições de vida das mulheres são mais precárias e apresentem carências e necessidades em matéria de serviços públicos.

Rede social

A expectativa é que cada centro atenda de 200 a 400 mulheres por mês. A criação dos centros visa, além de integrar os serviços públicos no âmbito local, articular uma rede social com a participação de organizações, grupos, ONG´s e associações que trabalham com as questões de gênero.
A criação dos centros é uma experiência pioneira e única em toda a América Latina. No total, serão seis unidades em São Paulo e outra em Montevidéu, no Uruguai. Com o sucesso da iniciativa, espera-se um fortalecimento institucional nessa questão dos municípios sócios da URB-AL, especialmente da cidade de São Paulo - e que a experiência seja replicada em outras cidades do mundo. Espera-se, sobretudo, promover os direitos de cidadania das mulheres dessas cidades.

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